Wednesday, November 28, 2007

O Impressionismo puro - Monet

Monet sempre procurou retratar a impressão da luz nas suas cenas, buscando aqueles momentos mágicos e instantâneos que desaparecem em minutos.
Pesquisador incansável da luz, ele percebeu sem se alarmar, que sua visão diminuía dia-a-dia. Nasceu no dia 14 de Novembro de 1840.
Aprendeu com Eugéne Boudin a pintar ao ar livre e desde então decidiu ser pintor, contrariando o pai e a família. Somente a sua tia, Madame Lecadre, pintora, o ajudou dando-lhe dinheiro para estudar arte em Paris em 1859 ( com 19 anos ).
Conheceu em Paris, artistas como Bazille, Renoir, Sisley, Pissarro, Cézanne e Degas, formando o grupo dos impressionistas.
Monet apreciava pintar ao ar livre e após a invenção da tinta a óleo em tubo ficou-lhe mais fácil carregar o material.

Desejava ser conhecido e para isto era preciso expor no Grande Salão de Paris. Mas os juízes nem sempre aceitavam as suas telas.
Monet gostava de estar próximo das coisas que pintava.
Algumas vezes era necessário amarrar o cavalete para que as ondas não levassem o seu quadro. Gostava de pintar a água e o reflexo da luz sobre as águas. Chegou a transformar um barco num estúdio flutuante.
Para pintar a Catedral de Rouen ( umas 30 telas ), instalou-se num apartamento que dava para o portal e procurou pintar observando as cores, que se modificavam conforme a luz sobre as pedras do edifício.
Porém foi em Giverny , pequeno vilarejo onde Monet viveu com a família desde 1883 , que tirou a maior parte de sua inspiração.

Era entre as flores dos jardins, das plantas, das ninféias , do rio que Monet dizia: “jamais poderia ter encontrado uma situação tão vantajosa, nem um lugar tão bonito.”
Claude Monet (1840-1926) fez parte do movimento impressionista em França, que teve início em 1874 com a primeira exposição do grupo no atelier do fotógrafo Maurice Nadar.

A denominação Impressionismo foi dada a partir de uma declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela de Monet "Impression du Soleil Levant".
O grupo ficou conhecido por realizar uma pintura ao ar livre, em frente ao motivo, numa nova concepção de pintura, de celebração dos espaços do mundo e da luz. Adotando um princípio dinâmico por excelência, o grupo também eliminou as referências mitológicas, religiosas e históricas para refletir a vida contemporânea e a nova Paris, as impressões momentâneas e fugazes de seu quotidiano.
Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas, geralmente sem misturá-las, os impressionistas buscavam obter a vibração da luz, o aspecto efémero da vida, fugaz momento da luz e da sensibilidade.
Os principais representantes do grupo foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin (professor de Monet), Morisot.
O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam nos seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.

Principais características da pintura:


* A pintura deve registar as tonalidades que os objectos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza modificam-se constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.

* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.

* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.

* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.

* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para ser óptica.